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Polaco

Nos meus muitos anos na área de Segurança do Trabalho em uma das maiores Fundições do Brasil, na região do vale do Rio Paraíba do Sul, cruzei com muitas figuras inesquecíveis.

Além disto, nosso trabalho era bastante difícil, pois, na época, era necessário levar o conceito de “dono” da segurança para os Gerentes e Supervisores, mostrando ser possível trabalhar de forma mais segura e que esta condição refletia-se no ambiente de trabalho, na qualidade e produtividade das áreas.

Um destes Supervisores era o Polaco.

Antigo funcionário operacional da área de Acabamento de Fundidos, ele se tornara Supervisor por obra de sua garra e determinação. A área que supervisionava junto com outro Supervisor tinha, aproximadamente, 400 funcionários, divididos em turnos e turmas, sendo que um dos maiores problemas de acidentes eram os chamados “corpos estranhos” metálicos nos olhos.

Chegou-se a ter uma média de 70 a 80 atendimentos por mês para a retirada de partículas metálicas dos olhos no Ambulatório da Empresa, sendo que em alguns casos, estas partículas fixavam-se na conjuntiva e enferrujavam, resultando até em afastamentos.

Iniciamos um trabalho muito forte de conscientização, treinamentos, cobrança e especificação de óculos mais adequados ao processo, com o engajamento de todos.

Os resultados foram melhorando, até a área ter um ou dois eventos por mês.

Desde o primeiro momento, o Polaco comprou a ideia, sempre tomando atitudes necessárias para que o processo tivesse êxito, tanto que era o primeiro a dar o exemplo. Não tirava o conjunto capacete, óculos e protetor auricular em momento algum; caminhava pela fábrica, ia a reuniões e ao Refeitório sempre mostrando aos seus funcionários que era possível trabalhar de forma protegida e correta.

Um belo dia, depois de uma jornada de trabalho, o Polaco chegou ao vestiário da Empresa e, como fazia todos os dias, tirou o uniforme, pegou a toalha e foi tomar banho. Enquanto caminhava do armário ao chuveiro, percebeu que a “peãozada” estava rindo muito e apontando para ele.

Indignado, foi tirar satisfação do primeiro que viu pela frente, quando percebeu que estava pelado, mas continuava de capacete, óculos e protetor auricular.

Querido Tanini, tenho certeza absoluta que, onde você estiver, os anjos estão sendo obrigados a utilizar todos os EPI’s necessários para fazer suas tarefas.

Este texto é uma pequena homenagem a um dos grandes “caras” que cruzaram minha vida: Antônio Celso Tanini Pires.

Texto publicado na Revista Proteção nº 316

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